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quinta-feira, 25 de maio de 2017
Fases da Revolução Industrial e suas características
fonte: http://regininha-atividadesescolares.blogspot.com.br/2016/12/quadro-sintese-as-tres-fases-da_72.html
Diferenças entre Capitalismo e socialismo
Diferenças entre o capitalismo e o socialismo
Wilson Teixeira Moutinho
Fases do capitalismo: capitalismo
comercial, industrial, financeiro e informacional
POR
FERNANDO SOARES DE JESUS • PUBLISHED 12 DE OUTUBRO DE 2015 • UPDATED 15 DE
ABRIL DE 2017
Ao
contrário do que imagina-se, o capitalismo, durante a história, não foi um
sistema imutável e homogêneo. Durante os séculos, as relações econômicas e
sociais regidas pelo capital alteraram-se significativamente. É com base nisso
que costuma-se dividir o capitalismo em fases: capitalismo comercial,
capitalismo industrial, capitalismo financeiro e capitalismo informacional.
Acompanhe abaixo as principais características de cada uma destas fases.
CAPITALISMO
COMERCIAL OU PRÉ-CAPITALISMO
É
o capitalismo típico do período das Grandes Navegações, entre os séculos XVI e
XVII. Neste tempo, os países europeus lançaram-se à descoberta de oceanos e de
regiões até então desconhecidas, colonizando-as e exterminando sua população
nativa. As terras recém-descobertas, principalmente no continente americano,
eram muito ricas em recursos naturais, como a prata e o ouro, e em terras
férteis para a produção de diversos gêneros tropicais, como é o caso da
cana-de-açúcar, no Brasil.
As atividades produtivas na colônia
tinham como objetivo abastecer o mercado da
Metrópole
Duas
políticas destacam-se neste contexto: o metalismo e o mercantilismo. O
metalismo dizia respeito ao acúmulo de capitais e de metais preciosos pela
Coroa das metrópoles europeias, com o objetivo de manter uma balança comercial
favorável, isto é, favorecer a entrada de lucros e inibir a saída dos mesmos.
Já
o mercantilismo relaciona-se com as trocas comerciais realizadas entre as
metrópoles europeias e suas respectivas colônias. Sob o pacto colonial, uma
colônia só poderia comprar produtos manufaturados de sua metrópole e, ao mesmo
tempo, todo o tipo de riqueza natural extraída na colônia era direito de sua
metrópole. Nesta política econômica, o Estado era o articulador e o organizador
do fluxo comercial. A riqueza de um país era medida pela quantidade de metais
preciosos que detinha: era a acumulação primitiva de capital.
CAPITALISMO
INDUSTRIAL
O
acúmulo de capital no período do capitalismo comercial propiciou uma série de
inovações tecnológicas que aceleraram a produção nas antigas manufaturas. Era o
início da Primeira Revolução Industrial (1780-1860). É neste período que surgem
as primeiras fábricas, movidas por máquinas a vapor (carvão), sendo esta época
também marcada pelas inovações no setor de transporte, com a criação de navios
e trens que funcionavam com o mesmo combustível.
Quadro de Herman Heijenbrock,
retratando um fábrica de fundição de ferro
O
surgimento do capitalismo industrial está atrelado ao nascer de um novo tipo de
sociedade, regida pelo trabalho assalariado nas fábricas e pela propriedade
privada. Segundo esta lógica, o trabalhador vendia sua força de trabalho em
troca de um salário, enquanto o dono dos meios produtivos, o patrão,
oferecia-lhe as ferramentas necessárias para o serviço em troca de um lucro.
Diferentemente
do capitalismo comercial, onde o Estado era o planejador e organizador da
economia, no capitalismo industrial o Estado tinha suas funções reduzidas a
questões de segurança da propriedade privada e mantimento da ordem. Esta tese,
formulada pelo filósofo e economista Adam Smith, ficou conhecida como
liberalismo econômico e preconizava que a economia era capaz de autorregular-se
e que a concorrência estimularia o investimento em novas tecnologias e o
consequente barateamento de produtos.
CAPITALISMO
FINANCEIRO OU MONOPOLISTA
A
partir do final do século XIX, o descobrimento de novas fontes de energia, como
a eletricidade e o petróleo, e a criação de novas tecnologias, como o telefone,
possibilitou a expansão das indústrias para outros países europeus, para os EUA
e para o Japão. Era o início de um novo tipo de integração econômica, onde a
indústria e as relações por ela regida se internacionalizaram e tornaram-se
muito mais complexas. Para administrar os lucros e os investimentos, o capital
industrial aliou-se ao capital bancário. Os bancos passavam a ser os grandes
articuladores econômicos do setor industrial e as bolsas de valores os termômetros
do valor das empresas. Era o início do capitalismo financeiro.
No capitalismo financeiro, as Bolsas
de Valores ganham destaque no cenário
global. Na imagem, a bolsa de valores
do México.
É
marcante deste processo o surgimento de Sociedades Anônimas. Agora, uma empresa
não seria administrada apenas por uma pessoa, e sim por um grupo de pessoas,
que dividiriam investimentos, lucros e participação nas decisões do conselho,
conforme as ações que cada um dispunha. A união do capital bancário com o industrial
também favorece a formação de grupos econômicos hegemônicos. Desde forma,
podemos entender que, ao mesmo tempo que financeiro (por unir a participação
dos bancos à industria), esta fase do capitalismo é monopolista, pois acarreta
na fusão de grandes corporações, na concentração de capital e na consequente
diminuição da concorrência.
O
papel do Estado também sofre alterações nesta fase. Embora o liberalismo ainda
predomine como sistema econômico, agora a figura estatal administra e fiscaliza
a economia. Esta política ganha força após a crise do liberalismo, em 1929, com
o teórico John Maynard Keynes, que, através da política do Estado do Bem-Estar
Social, vai defender a obrigatoriedade do Estado em suprir as necessidades
básicas da população, com serviços públicos de saúde e educação, por exemplo, e
também a intervenção do Estado na economia, para fiscalizar e impedir uma nova
crise.
Esta
fase do capitalismo viria a sofrer mudanças após a Segunda Guerra Mundial,
quando ocorre o processo de descolonização da África e da Ásia e a
industrialização de alguns países subdesenvolvidos.
CAPITALISMO
INFORMACIONAL
Existem
alguns estudiosos que defendem que, atualmente, vivemos uma nova fase do
capitalismo: o capitalismo informacional. Nesta fase, marcada pela ascensão de
novas tecnologias e da sociedade da informação, o domínio do conhecimento, da
técnica e do saber científico passam a quantificar a riqueza de um país. Este
novo sistema foi impulsionado pela Revolução Técnico-Científica e o surgimento
da rede mundial de computadores.
No
capitalismo informacional, as relações econômicas entre países são mediadas
através do neoliberalismo, teoria econômica posta em prática pela primeira vez
no final da década de 1970, pelos governos de Ronald Reagan (EUA) e Margareth Tatcher
(Inglaterra), preconizando a não-intervenção do Estado na economia e defendendo
a privatização de empresas e a diminuição das tarifas alfandegárias, entre
outras medidas.
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